Eu cobri meu coração e joguei fora alguns dos meus sentimentos antes mesmo que eles trouxessem mais alguma dúvida.É esse o mais novo e bem elaborado kit de salvamento, criado logicamente por mim.E para evitar que venham citar o teor de ceticismo e frieza contida na estratégia eu apresento o outro lado da moeda.
Todo o histórico vivido e que me fez chegar até aí. São algumas porções de passos em falso. São situações e mais situações de dedicação jogadas no lixo. Foram esperas, idas e vindas, traições, contas telefônicas, ciúmes, falhas, mentiras, paciência, prazos, calmantes, choro, tempo. Enfim, todo o cápitulo 8, intitulado "relacionamentos amorosos", da minha auto biografia.
A minha doce tragédia que com muito esforço, hoje, não se cria mais aqui. As raízes foram arrancadas por calos muito bem desenvolvidos.Mesmo ciente da minha vulnerabilidade diante do acaso, do destino, do futuro eu tomo a minha dose diária de prevenção quando me desprendo das expectativas de um grande e verdadeiro amor. Eu deixo o tema aí disponível para os grandes romancistas e músicos, enquanto na trilha sonora da minha vida eu controlo cada verso ou tom.
E se eu te falasse que a imagem no espelho não é a de uma pessoa amarga, você com certeza marcaria a opção "a", em que diz "afirmação falsa".Eu continuo a viver com paixão, no entanto com muito mais equilíbrio nessa nova composição. Eu continuo achando algumas pessoas interessantes, porém não fico mais idealizando a performance delas na minha vida.Eu continuo tendo a certeza de que quero dividir a minha velhice com alguém especial, mas até então eu acho perfeita a forma como me ajeito sozinha naquela cama de casal.
A definição do que é o amor, hoje, pra mim, sofreu grandes trasnformações. Já não perco mais tanto tempo em prol dele e menos ainda engulo sapos, jacarés e até os grandes dinossauros pelo receio de ficar pra titia.Eu não me tornei um ser independente do calor, dos carinhos, daquilo que possa pareçer romântico, eu simplesmente parei de agir com tanta devoção.
Estou aí no campo. Exposta e aberta. Mas também atenta e com quantos pés no chão forem precisos, nem que pra isso eu precise utilizar os teus. Agora eu consigo trabalhar com a idéia de que as "coisas" podem e talvez até devam ter o seu tempo determinado. E que EU sim, preciso viver feliz pra sempre, até que a morte ME separe.
Logo, não precisas desistir da idéia de tentar me seduzir. Mas cuidado para não se apaixonar. Você pode não fazer parte dos meus planos naquele momento. Esteja certo de que quer encarar. O relacionamento que tenho comigo mesma agora é algo inabalável.
Primeiramente queria te falar que o texto está muito bem escrito...Já pensou em "tirar onda" de jornalista?
ResponderExcluirAgora com relação ao conteúdo propriamente dito...O que alguns chamam de ceticismo, eu poderia chamar de espontaneidade...Você se permitir viver sem fazer expectativas, apenas viver, é algo extremamente prazeroso. Sem contar que, quando algo acontecer, principalmente se isso for relacionado ao amor (AH, o amor!!!:) ) a intensidade e a probabilidade desse relacionamento dar certo é grande. Existe uma diferença enorme no relacionamento baseado na necessidade de estar com alguém, daquele que ocorre quase que por magnetismo. É como se você comparasse aquele mala que consegue ficar contigo na insistência, mandando 40 mensagens de texto por dia com aqueles velhos clichês, (sic), com a pessoa que te atrai pela personalidade, afinidades e pela empatia. É muito diferente! É muito melhor! E com essa atitude que tu descreveu, acho que estás mais perto da segunda situação. Fico torcendo aqui pra vocÊ...
Bjos!
p.s. Ainda espero a tal montila, ou vodca, ou o que quer que seja pra gente comemorar alguma vitória do Flamengo..rsrsrsrsr
:*
:)