domingo, 27 de fevereiro de 2011

Aquarela


Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Chega de Saudade...


Esses últimos dias meu mundo tem estado meio cinza, sem toda aquela alegria que me dizia Bom Dia em todas as manhãs.

Enquanto isso no meu rádio:

"Vai minha tristeza, e diz a ela que sem ela não pode ser, diz-lhe, numa prece que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer. Chega, de saudade a realidade, É que sem ela não há paz, não há beleza é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai. Mas se ela voltar, se ela voltar que coisa linda, que coisa louca. Pois há menos peixinhos a nadar no mar do que os beijinhos que eu darei na sua boca. Dentro dos meus braços, os abraços hão de ser milhões de abraços apertado assim, colado assim, calado assim. Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim. Que é pra acabar com esse negócio de você longe de mim. NÃO QUERO MAIS ESSE NEGÓCIO DE VOCÊ VIVER SEM MIM. "